quarta-feira, 21 de julho de 2021

VITÓRIA DA TRADIÇÃO

 Por Rafael Rossi



Tricolores comemoram no vestiário na Argentina. Foto: Erico Leonam/SãopauloFC

O São Paulo bateu o Racing na Argentina por 3 a 1 e avançou às quartas de final da Libertadores. Acredito que quando você estiver lendo esse texto obviamente a notícia já vai estar até ‘velha’. O que eu quero destacar então é a tradição na maior competição do continente. Nunca a tradição esteve tão presente como no gramado do estádio Presidente Perón, também conhecido como ‘El Cilindro’, em Avellaneda, região metropolitana de Buenos Aires.

Claro, Crespo e cia. tiveram um papel importantíssimo na conquista da vaga (já falo mais sobre isso), mas é impossível negar a história. Nunca o São Paulo havia sido eliminado nas oitavas de final por um time estrangeiro. Continua da mesma forma. Apesar da crise no Brasileiro, em nenhum momento se questionou quem era o favorito no confronto. Atenção: no confronto (dois jogos) e não apenas para o duelo desta terça-feira (20) longe da capital paulista.

Se falar em títulos e camisa então aí vira covardia com os ‘hermanos’. A equipe argentina ganhou a Liberta no longínquo ano de 1967 e encarava o tricampeão com conquistas em um futebol bem mais contemporâneo. Pesava contra o Tricolor neste jogo especificamente o recente futebol ruim no Brasileirão, as inúmeras contusões musculares no elenco e também o fato da última vitória do São Paulo na Argentina ter sido em 2005, ano até aqui da conquista derradeira.

Mas nem mesmo o fato do time são-paulino tradicionalmente se garantir em casa e não trazer lá muitos bons resultados longe do Morumbi conseguiu derrubar a tradição e o peso do manto sagrado Tricolor em Avellaneda. Como falei no início do texto, houve méritos de Crespo e dos jogadores. O maior deles é do técnico gringo que finalmente (parece) ter largado mão de Pablo e, principalmente, de Vítor Bueno.


Marquinhos e Rigoni marcaram os gols. Foto: Erico Leonam/SãopauloFC

DIFERENÇA


Escrevi no meu twitter e repito aqui: Miranda, Benítez e Rigoni. Com esses três em condições o São Paulo não é aquele time modorrento e sem vontade. Mérito deles é gigante também. Pelo que jogaram e pelo que ‘contaminaram’ os demais. Com exceção do tímido (para não dizer outra coisa) Ígor Vinícius, o time todo foi bem. Fora os três, não tem como não citar o atacante Marquinhos de apenas 18 anos. A cria de Cotia até outro dia estava jogando o Brasileiro Sub-20 com Alex e também foi decisivo na classificação. Mais um mérito de Crespo.


Marquinhos (esq.) tem apenas 18 anos. Foto: Staff Images/CONMEBOL

E se o adversário das quartas de final for o rival verde, que Crespo e Cia. mantenham a tradição. Porque tradição nesse confronto é alegria para nós são-paulinos. Mas isso é assunto para um outro texto.

Um abraço !!!

2 comentários:

  1. Boa escrita mano, muito sucesso no trampo!! E rigoni / miranda / marquinhos, os melhores sem dúvida!

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  2. Obrigado pelo comentário amigo!!! Que bom que gostou!!! Esses caras precisam jogar mais vezes para a gente ter mais sucesso!!!

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